A doença pede um tratamento amplo e com uso de medicamentos, mas os exercícios físicos podem aliviar o desconforto. Saiba mais.1

    Se você acredita que dor nas costas é um desconforto comum e que quase todo mundo já teve, você está certo. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde estima que 80% da população global já sentiu ou vai sentir essa dor em algum momento da vida.2

    Em boa parte dos casos, a má postura é uma explicação plausível e a atividade física, uma boa forma de prevenir ou minimizar esse sintoma. Mas há alguns casos que demandam um cuidado especial – principalmente quando esse desconforto é a manifestação de uma doença que precisa de tratamento.2

    A Espondiloartrite Axial (EpA Axial) é um exemplo. Essa é uma condição inflamatória crônica que afeta a coluna vertebral e que se divide em dois subtipos:1

    • Espondiloartrite Axial Não Radiográfica: fase inicial em que os pacientes apresentam sintomas clínicos da doença, mas geralmente não demonstram alterações estruturais em radiografias;1
       
    • Espondiloartrite Axial Radiográfica: um quadro mais avançado em que, ao contrário do caso anterior, as alterações podem ser percebidas em radiografias, por exemplo.1

    Vale dizer que a EpA Axial também pode ser aliviada por meio dos exercícios físicos, mas isso precisa ser combinado com um tratamento amplo – envolvendo cuidados medicamentosos e não medicamentosos.1


    Entenda melhor neste artigo!

Quais são os sintomas da Espondiloartrite Axial?

A dor crônica (que perdura por pelo menos 3 meses) nas regiões lombar e das nádegas é um dos primeiros sinais. Além disso, o desconforto costuma ser mais presente à noite, mas sem apresentar melhora com o repouso – e sim com a prática de atividade física.1

No sentido oposto, ao amanhecer, o mais comum é que o paciente perceba um certo tipo de rigidez na região.1

A idade é outro fator importante. Geralmente, a doença se manifesta antes dos 45 anos.1

Se você se identifica com essa descrição, é importante procurar um médico para investigar os sintomas.

Ter uma conversa com um reumatologista para fazer uma análise completa pode ser valioso para obter um melhor resultado terapêutico e evitar evolução da doença.1

 

Fui diagnosticado com EpA Axial. Como é o tratamento?

O tratamento da Espondiloartrite Axial (seja ela radiográfica ou não) envolve o uso de medicamentos e de alguns cuidados na rotina. Os objetivos dessa estratégia são: reduzir os sintomas, conservar a flexibilidade e a postura, diminuir qualquer tipo de limitação funcional, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.1

O médico é a pessoa indicada para falar sobre o assunto e, com base no quadro do paciente, prescrever a melhor opção.
 

Entender sobre a doença é importante

Isso é o que chamamos de "educação do paciente" – e esse é um aspecto essencial do tratamento. Aqui, a pessoa vai entender o que é esse diagnóstico e como é lidar com ele, quais são os sintomas e o que pode ser feito no dia a dia para aumentar a qualidade de vida.1,3

Os benefícios dessa educação passam por um melhor controle da doença e pela possibilidade de que o paciente consiga alinhar, junto com o médico, suas demandas pessoais ao processo terapêutico.3

O exercício físico pode fazer toda a diferença!

Manter o corpo em movimento é essencial para o tratamento da EpA Axial, mas isso deve ser feito de maneira supervisionada. Ou seja, levando em consideração as particularidades de cada paciente.1

Ainda não se sabe exatamente qual é a frequência indicada para que os efeitos positivos sejam sentidos, mas já se sabe que algumas modalidades podem trazer benefícios importantes. São elas:1

  • Alongamento;1
  • Educação postural;1
  • Atividades recreacionais;1
  • Hidroterapia.1

Mas lembre-se: para ter mais segurança e aumentar a eficácia do tratamento, é importante que a escolha da modalidade seja feita em conjunto com um profissional de saúde.

Com orientação adequada, prática de exercícios adaptados e acompanhamento contínuo, é possível viver com mais autonomia e bem-estar!1

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a orientação médica. Em caso de dúvidas ou sintomas, consulte sempre um profissional de saúde.

Referências:

1. CONITEC. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Espondilite Anquilosante. CONITEC, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2018/relatrio_pcdt-espondilite-anquilosante_final-xxx_2018-20-02-19.pdf. Acesso em: 29 out. 2025.

2. JORNAL DA USP. Organização Mundial da Saúde alerta que 80% da população já teve ou terá dor na coluna. Jornal da USP, 14 ago. 2025. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/organizacao-mundial-da-saude-alerta-que-80-da-populacao-ja-teve-ou-tera-dor-na-coluna/. Acesso em: 14 ago. 2025.

3. KIM, Hyun-Sook et al. Literature review of non-pharmacological

treatment for patients with axial spondyloarthritis. The Korean Journal of Internal Medicine, 2024. Disponível em: https://www.kjim.org/upload/kjim-2023-485.pdf. Acesso em: 29 out. 2025.

 

BR-OT-2500116 - Novembro 2025