Descubra os tipos de crises epilépticas, seus sintomas e por que o diagnóstico correto é essencial para o tratamento e qualidade de vida.
As crises epilépticas são o resultado de descargas elétricas excessivas em um grupo de células cerebrais. A epilepsia, por sua vez, é uma doença neurológica caracterizada por crises recorrentes e espontâneas, sem apresentar um fator desencadeador claro.1,2
Compreender essas diferenças é fundamental para apoiar quem convive com a doença e reduzir o estigma sobre o diagnóstico.
Entenda mais neste artigo!
Afinal, o que é epilepsia?
A epilepsia é uma doença neurológica causada por descargas elétricas excessivas e anormais no cérebro. Quando isso ocorre, as chamadas “crises epilépticas” podem ser percebidas.1,2
Essas crises costumam incluir alterações motoras, sensoriais, comportamentais ou de consciência.1,2
Mas o interessante a ser destacado é que, ao contrário do que muitos pensam, nem todo episódio envolve convulsão ou perda de consciência. Na verdade, há casos em que a manifestação é discreta e difícil de ser percebida.1,2
O que caracteriza os principais tipos de crises epilépticas
De acordo com a classificação internacional atualizada, existem quatro classes principais de crises epilépticas:1
Crise focal: as descargas elétricas se originam em uma região específica do cérebro e ficam restritas a apenas um hemisfério, sem afetar o outro. Podem se originar em áreas mais externas do órgão (corticais) ou mais internas (subcorticais). Essas crises são classificadas de acordo com o nível de consciência do paciente.1
Crise generalizada: acontece quando a atividade elétrica anormal começa em uma parte do cérebro e, rapidamente, afeta os dois lados. Isso pode envolver áreas mais superficiais e também mais profundas do órgão, mas não necessariamente toda a região cerebral. Entre os tipos mais comuns estão as crises tônico-clônicas generalizadas, que podem ser antecedidas por abalos rápidos nos músculos (mioclonias) ou por uma crise de ausência.1
Crise desconhecida se focal ou generalizada: quando o profissional de saúde suspeita, a partir dos sintomas, que o quadro é focal ou generalizado, mas não tem informação suficiente para fechar o diagnóstico.1
Crise não classificada: como o próprio nome sugere, neste caso, a equipe médica até consegue identificar que o que ocorre é uma crise epiléptica, mas não tem qualquer outra informação para avançar com o diagnóstico.1
Cada tipo de crise epiléptica tem seus sintomas?
Sim. Dependendo do tipo de crise, o paciente pode apresentar movimentos musculares bruscos e incontroláveis, perda de consciência, incontinência urinária, confusão após a crise, olhar fixo, medo e ansiedade, sensação de formigamento e sensações estranhas.1,2
Toda convulsão é sinal de epilepsia?
Não. Nem toda convulsão indica epilepsia – e, quando é o caso, o termo correto é “crise epiléptica”. Convulsões podem ocorrer por outros motivos, como febre alta, estresse ou falta de sono.2
O diagnóstico de epilepsia é feito quando há crises recorrentes, sem causa imediata identificável, relacionadas a descargas elétricas anormais no cérebro.2
A importância do diagnóstico correto
Identificar corretamente o tipo de crise epiléptica é essencial para definir a melhor abordagem terapêutica.1,2
O tratamento pode variar conforme a classificação, sua frequência e intensidade. Além disso, o diagnóstico adequado permite orientar pacientes e familiares sobre os cuidados necessários, reduzindo riscos e melhorando a qualidade de vida.1,2
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a orientação médica. Em caso de dúvidas ou sintomas, consulte sempre um profissional de saúde.
Referências:
1. Beniczky, S. et al. Updated classification of epileptic seizures: Position paper of the International League Against Ep. Epilepsy. Epilepsia, 2025;00:1-20. DOI: 10.1111/epi.18338.
2. WHO. Epilepsy and Seizures. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/333483/WHOEMMNH220E-eng.pdf. Acesso em 18 jun. 2025.
BR-OT-2500060 - Outubro 2025